Quanto tempo dura um tratamento ortodôntico – Parte 2
Se os dentes se movimentam por um processo biológico, o que pode contribuir para a movimentação ser mais ou menos veloz?
Esse é o segundo post da série sobre duração do tratamento ortodôntico. Se você não viu o primeiro, leia aqui. Falei sobre como é o processo pelo qual os dentes se movimentam e como isso reflete no tempo de tratamento. Agora, vamos ver quais são os fatores que podem influenciar na duração do tratamento.
Fatores que alteram a velocidade do tratamento
Relativos à resposta do paciente
Complexidade do caso: já que a movimentação tem um limite biológico, quanto mais longe, digamos assim, os dentes estejam longe da posição ideal, mais movimento vai ser necessário, e mais demorado tende a ser o tratamento.
Resposta individual: a velocidade em que as células do ligamento reagem à força remodelando o osso varia muito de pessoa para pessoa. Cada um tem uma reposta relacionada à genética e varia também com outras condições que falaremos a seguir.
Condições ósseas: pacientes com perda de densidade do osso, como acontece, por exemplo, na osteoporose, podem ter uma movimentação mais rápida – só que ter perda óssea não é uma coisa boa. Por outro lado, alterações que levem a ter um osso mais denso podem dificultar a movimentação.
Questões hormonais: alguns hormônios interferem no metabolismo ósseo e alteração desses pode criar uma resposta muito lenta ou exagerada.
Uso de medicamentos: medicamentos que reduzem a resposta inflamatória ou o interferem no metabolismo dos ossos podem alterar a resposta ao tratamento ortodôntico. Por exemplo: o uso crônico de anti-inflamatórios pode diminuir a velocidade da movimentação ortodôntica justamente por diminuir a inflamação do ligamento que é necessária para a movimentação.
Relativos à mecânica do tratamento
Tipo de aparelho ou dispositivo: alguns aparelhos têm menos atrito, e por oferecer menos resistência, podem promover forças mais contínuas. Determinados tipos de fios, elástico, molas e outros dispositivos, geralmente feitos de materiais mais tecnológicos, permitem forças mais leves e contínuas.
Como vimos no post anterior, são as que funcionam melhor – não exatamente porque movimentam mais rápido, mas as forças agem por mais tempo e causam menos efeitos colaterais.
Planejamento: quando o ortodontista sabe exatamente o que fazer, por onde começar, ele pode ir direto ao ponto e isso evita perder tempo durante o tratamento.
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